Porque fazer humor e podcast é uma arte

































100 anos de Dia da Mulher


Autor: Mafalda ~ 8 de março de 2011. Categorias: Coisinhas de Mulher, Mona POP, MonaCine, Monalinda da Semana.

O que as Mulheres mais querem?

Elas querem o respeito pelo que são, querem amor, querem se realizar em sua humanidade e vida. Assim como os homens também querem. E apesar das conquistas – principalmente a de ser considerada “cidadã com direito ao voto” e “ser inteligente como o homem”, com direito à estudo, faculdade, trabalho – ainda existe muito machismo, preconceito e violência contra a mulher.

Se os homens – e também muitas mulheres – tivessem o olhar de admiração que o diretor japonês Hayao Miyazaki tem das mulheres , mostrando em seus filmes a força, inteligência, beleza, bondade femininas,  haveria mais paz nas relações.

E também em homenagem ao centenário do dia da Mulher, também deixo aqui neste post um belíssimo documentário, feito pela atriz e diretora Norma Bengell, sobre as Mulheres no Cinema:

E se você gosta de podcast, divulgue o nosso Monacast!  Tantos emails e comentários que recebo de pessoas – principalmente homens – que tinham uma visão preconceituosa do nosso podcast, por ser feito por mulheres, e nos escreveu contando o quanto se surpreendeu com o Monacast e a Rádio Monalisa.

Beijos,
Mafalda


Mona Cine: Conheça a Diretora Lucrécia Martel


Autor: Mafalda ~ 24 de junho de 2009. Categorias: MonaCine.

Lucrécia Martel: La hermana directora

Lucrécia Martel nasceu no dia 16 de dezembro de 1966 na província argentina de Salta. Sempre com uma câmera na mão durante a adolescência, gostava de sair filmando, mas as suas obras audiovisuais iniciais não passavam de vídeos de encontros sociais familiares. Após terminar o colégio foi morar em Buenos Aires para cursar faculdade de Comunicação e com o tempo foi compondo sua carreira com curtas e programas para a televisão.

Foi quando no ano de 1999 ela inscreveu o roteiro de O Pântano no Sundance/NHK Filmaker Award, se consagrando vencedora. Com o dinheiro do prêmio pode finalmente tirá-lo do papel e lançá-lo em filme no ano de 2001. O Pântano apresenta a máxima expressão da dissolução das relações familiares e da apatia dos cidadãos argentinos. Todos os personagens estão reclusos numa evidente decadência moral e existencial. Tudo é muito úmido, apertado e sufocante. A trilha sonora é pontuada de barulhos incômodos como cadeiras se arrastando, crianças berrando, o telefone que ninguém nunca atende, a televisão eternamente ligada e o gelo tilintando nos copos. Os personagens se tocam o tempo todo e mesmo assim há uma clara repressão incestuosa no ar. Poderíamos dizer que tudo isso é também uma metáfora da burguesia argentina, usando como modelo a classe média da província de Ciénega, título original do filme.

No ano de 2008 a Revista Bravo! lançou uma edição especial com 100 Filmes Essenciais e lá estava, na 93º posição, O Pântano de Lucrecia Martel, o único de toda a lista dirigido por uma mulher. Com tamanha consagração no meio cinematográfico e pela crítica, seu segundo longa, A Menina Santa (2004) teve produção do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, diretor renomado de Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos (1988), Tudo Sobre Minha Mãe (1999), Volver (2006) entre outros. O longa conta de uma jovem adolescente que vive uma paixão por um homem muito mais velho, um renomado médico que irá participar de um congresso que ocorrerá no hotel da qual sua dona é a mãe da tal menina santa. Além da questão sexual e familiar que se assemelha a O Pântano, o ambiente úmido também esta presente. Assim como no primeiro longa o segundo também tem uma escura piscina na qual os personagens mergulham em cenas que despretensiosamente parecem querer esquecer de tudo que está ao seu redor.

A cineasta argentina foi uma das convidadas ‘mais que especiais’ da última edição da FLIP (Feira Literária Internacional de Paraty), sendo muito assediada pela imprensa brasileira em diversas entrevistas. Numa delas concedida à Revista O Grito! ( clique aqui para ver a entrevista ) Lucrecia renega toda e qualquer classificação dada a seus filmes ou à possíveis interpretações simbólicas feitas pela crítica, afirmando categoricamente: “Não há metáforas em meus filmes. As pessoas têm mania de procurar símbolos em tudo”. Além disso a diretora afirmou que na América Latina há um preconceito em relação as profissionais do sexo feminino no meio cinematográfico, mas que mesmo assim muitas mulheres se destacam por serem corajosas e batalhadoras. Na mesma época da feira, Lucrécia estava lançando seu último filme A Mulher Sem Cabeça (2008) que ainda não entrou em cartaz no circuito brasileiro.

Lucrécia Martel com apenas 42 anos possui uma carreira recente quase consolidada sem negar as influências em seu trabalho dos cineastas que admira. Além de admirar muito do cinema de seus colegas argentinos como Pablo Trapero, Ana Poliak e Diego Lerman, também possui uma ligação grande com o cinema de John Woo, com o estilo místico de Ingmar Bergman e com a transgressão de Pedro Almodóvar, além da grande influencia pela sua própria história familiar. Pois é, aqueles vídeos caseiros familiares não foram tão em vão assim…


SUPER 8: 10 Mulheres


Autor: Eubalena ~ 28 de abril de 2009. Categorias: Mona POP.

Eu sou o Queiroz, e hoje no Super 8, faço uma lista das 10 mulheres que não poderiam faltar na tela de cinema. O critério de escolha não foi as de todos os tempos, mas as vivas e atuantes. Então eis as escolhidas:

10. Ellen Page

Nasceu no dia 21 de fevereiro de 1987, em Halifax, Nova Escócia, Canadá.

O primeiro filme que vi de Ellen Page, foi X-men 3. Neste ela era a bonitinha Lince Negra, mas infelizmente para que a personagem Vampira não ficasse apagada, não exploraram os pontos interessantes da personagem, e esta ficou um tanto apagada. Mas, meus amigos, quando assisti à Juno, aí, sim que deu para sentir o que essa garota tem a oferecer ao cinema. Não só pelo brilhantismo do roteiro, o mérito ali está no fato dela ser extremante convincente. Você olha para Ellen Page, e acredita que ela é a Juno. E toda a sua paixão na interpretação, não só nos momentos cômicos, mas principalmente no momento após o seu filho nascer e constatar que eles vão se separar, mas ao mesmo tempo demonstrar felicidade por o filho ter nascido, e ela fazer você entender isso sem narração de fundo, sem ela dizer uma palavra, realmente é uma demonstração de puro talento. E ninguém melhor do que ela para interpretar a maior demonstração de amor e respeito do cinema atual para com essa nova geração. Mas, apesar de todo o talento e beleza ainda tem essa pinta de meninha, talvez daqui a alguns anos venha a ter tanto sex appeal quanto a número 9 da minha lista.

9. Anne Hathaway

Nasceu no dia 12 de novembro de 1982, Nova Iorque, EUA.

Ela tem o mesmo nome que a esposa de Willian Shakespeare, vocês acreditam? O primeiro filme que vi de Anne Hathaway foi O D. veste Prada no papel de Andrea onde ela contracena nada menos que Meryl Streep, A Mulher Oscar, e para piorar sua personagem é constantemente esculachada pela Miranda, personagem de Meryl, mas mesmo assim a menina se saiu muito bem imprimindo bem o seu carisma àquela personagem de carater meio dúbil. Gosto muito da cena em que ela resolve o problema de ter que dar de presente o livro do Harry Potter que ainda não foi lançado para as filhas gêmeas de Miranda. Dona de uma beleza que faz Julia Roberts dizer toda noite em frente ao espelho : “Espelho, espelho meu…”, ele pode ser considerada a nova namoradinha da América. Quem duvida que ela seja tão bela assim, é só alugar Agente 86, ela na pele da Agente 99, não é fraca, não, hein!! Ela que dançou no Oscar com o Hugh Jackman, agora está escalada no elenco de Alice no País das Maravilhas de Tim Burton, filme que promete tira o diretor de seu limbo. Mas, aí? Essa garota tem algum talento além de seu carisma, timing cômico e beleza? Claro que tem, ela faz bonita no papel da ex-drogada Kym, em O casamento de Rachel, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar desse ano. Talvez as pessoas não aceitem lá muito o desprendimento dela de estar em cartaz ao mesmo tempo no drama Os passageiros e também numa comédia que é o caso de Noivas em guerra, mas aos poucos ela vai encontrando seu caminho como atriz sendo pau prá toda obra. O que falta a Anne Hathaway? Uma Estatueta do Oscar, coisa que a 8.ª colocada da minha lista já tem.

8. Gwyneth Paltrow

Nasceu em 27 de setembro de 1972, Los Angeles, EUA.

Gwyneth tem a sua favor o fato de ser linda, saber cantar e sua dedicação carismáticas nos papeis que interpreta. Muitos tem uma certa raivinha dela por ter “tirado” o Oscar das mãos de nossa Fernanda Montenegro. A personagem dela que mais me agradou foi a Margot Tenenbaum. Encarou de forma brilhante a galhofa O amor é cego. Cumpriu bem seu papel como a Marge em O Talentoso Ripley. Se a Cameron Dias é a sangue bom, a Gwyneth é a doçura em pessoa. O cinema ficaria um tanto mais do mesmo, ela fica aqui na minha lista em 8.° por imprimir toda a sua doçura a cada trabalho. Mas, apesar de toda o talento, doçura e beleza, no quesito cena de beijo fica ainda muito aquém da n.° 7 da minha lista.

7. Liv Tyler

Nasceu em 1 de Julho de 1977, em Portland, Maine, EUA.

Creio que a primeira vez que fitei meu olhos em Liv Tyler, foi no clipe Crazy do grupo de rock de seu paizão, junto de Alicia Silverstone. Liv tem a seu favor nem tanto o carisma ou um grande talento, mas o fato de sempre passar paixão pelo que está fazendo. Você olha para Liv nos seus filmes, e a impressão que passa que ela é a menina fazendo o seu primeiro papel e está dando tudo de si para conseguir o papel. Mas, ela está aí desde de 1994, não deixa de ser já uma veterana. Talvez eu ache que esse seja o seu problema, ainda não ter provado seu potencial o ponto de não ser vista apenas como a filha do roqueiro, ou a garota que fez um belo filme alternativo, ou como eu disse aqui a garota que parece que está começando agora. Mas, meus caros, há um ponto que digo que nenhuma atriz, supera Liv Tyler. Nenhuma atriz faz cena de beijo melhor do que ela. Vide ela em Wonders, vide ela em O Incrível Hulk. Realmente se tem uma coisa que ela sabe fazer muito bem como ninguém é cena de beijo. Mas, apesar de toda a sua beleza e insuperável em um quesito. E depois que vi Os Estranhos, olha no quesito grito, acho que ela também ganha. Mas, há uma atriz que começou no cinema no mesmo ano, cujo talento impressiona a todos a cada novo trabalho que realiza. E eis a n.° 6 da minha lista.

6. Cate Blanchett

Nasceu em 14 de maio de 1969, Melbourne, Austrália.

Cate Blanchett é a minha torcida de sempre no Oscar. Ainda não vi Elizabeth, mas creio que é uma garantia de boa locação dupla. A primeira vez que eu senti firmeza, e disse para mim mesmo: Caraca, que atriz!!!, foi seu trabalho em O Aviador, tento a grande responsabilidade de interpretar Katharine Hepburn, e fazer isso de maneira extremamente convincente, e se aquele filme vale de alguma coisa é por causa dela. E o que ela fizer daqui da frente depois de I’m not there ou Não estou lá, em bom português, é critério de obrigatoriedade para o cinéfilo ir ao cinema para saber a sua nova atuação. Sou fã dela e vou ter que botar na minha lista de locações certas para o futuro. E apesar de uns terem falado mal acho que ela não fez feio nem em Indiana Jones, e tampouco em Benjamim Button. Mas, apesar de ser uma mulher linda e ter um talento imensurável, acho que falta a ela pelomenos para mim, não possui aquele sex appeal que a n.° 5 da minha lista tem de sobra e empresta para quem quiser.

5. Juliane Moore

Nasceu em 3 de dezembro de 1960, Fayetteville, EUA.

Juliane Moore me fez perder a cabeça em Boogie Night, quase fez eu quebrar os meus dentes em Os desaparecidos na pele de Telly Paretta, e com extremo talento conduz com sua atuação um grande elenco em Ensaio sobre a cegueira. Sorte do cidadão que tem tudo aquilo em casa, ela não trabalha no sentido de ser a sexy, mas ela é mesmo sem querer, mas você até esquece que ela apareceu se chega no local, uma atriz de mesmo sobrenome que é A Mulher Mais Sexy do Cinema, na minha humilde opinião, que é a número 4 da minha lista.

4. Demi Moore

Nasceu em 11 de novembro de 1962, Roswell, Novo México, EUA.

Tal é o poder de Demi Moore sobre a minha pessoa que eu aturei Ghost, penso em comprar o DVD do “ótimo” Panteras 2, e sempre vejo Striptease no mute quando passa na tv por causa dela. Robert Redford ofereceu só 1 Milhão de Dólares, seu pobre. Eu ofereceria 1 Milhão por dia durante uma semana inteira, se tivesse esse cacife para tanto. A grande atuação de Demi Moore vai até de encontro com seu ponto forte que é a sexualidade, que é Até o limite da honra, para quem não lembra é aquele filme em que ela tem que provar que é mais macho que o Capitão Nascimento para mudar a visão em relação às mulheres no serviço militar. Eu postei a foto só de um close dos olhos para que hipnotizado com tal perfeição do lápis de Deus, dessa sósia de Eva, eu acabasse esquecendo tudo, não fazendo justiça ao 3.° lugar de minha lista.

3. Jodie Foster

Nasceu em 19 de novembro de 1962, Los Angeles, EUA.

Se eu gosto de cinema e o levo a sério, um dos fatores responsáveis para tanto é o filme Silêncio dos Inocentes. E o que seria de Silêncio dos Inocentes sem a presença de Jodie Foster? Sabe aquelas perguntas: “Fala sem pensar. Melhor Atriz? ” Respondo na hora Jodie Foster. Destaco aqui como um grande momento da Jodie Foster é a negociadora Madeline White de O Plano Perfeito. Eu falei muito de beleza e sensualidade, sobre as outras atrizes, eis que Jodie é a única que eu ficaria encabulado de olhar de frente. Não só pela beleza, mas por imprimir sempre em seu papeis a faceta de mulher forte, sempre deixando isso claro em todos os seus papeis. A única exceção a essa regra é a Annabelle Bransford da comédia Maverick. Se for avaliar os filmes em que ela atuou aqui a gente não para. Quem esquece da maneira que ela dança em Acusados? É uma atriz estupenda. No ano em que eu nasci ela já estava lá em Táxi Driver, Clássico Punk estrelado por Robert De Niro, fazendo o papel de uma prostituta de 12 anos chamada Íris. Mas, quando se trata de referencia hoje em dia de lembrança de uma atriz que começou cedo, e está aí firme forte e segue sua carreira como um trem bala, e você tem que se atualizar bem para acompanhar seu ritmo é a minha, toda minha, n.° 2.

2. Natalie Portman

Nasceu em 9 de junho de 1981, Israel, Jerusalém.

Dessa minha ótima lista, a despeito de Ellen Page ser a mais jovem de todas, a única atriz que eu posso dizer que vi seu primeiro filme no cinema é Natalie Portman. Ela não precisaria fazer mais nada na vida além de ter atuado como Matilda em O Profissional, para demonstrar que é uma das melhores atrizes apresentadas ao cinema desde do ano de 1994. Eu realmente não faço questão de ver todos os filmes em que ela atuou, mas além de O Profissional, V de Vingança é o que é independente de ser uma adaptação de quadrinhos, ou do Mascarado V, se há vida naquele filme é por puro mérito de Natalie Portman. Destaco a cena em que ela encara o cárcere e chora ao ler a carta de uma atriz aprisionada, e quando libertada, constata que realmente mudou. E nós vamos acompanhando essa mudança durante todo o longa, e Natalie apresentando um ótimo trabalho na pele de Evey. Por ser uma das atrizes mais apaixonadas e apaixonantes surgidas de 1994 para cá, o segundo lugar não só na minha lista, como de outros, de uma atriz essencial para o cinema atual. Há algo, no entanto, que Natalie não teve ainda o privilégio. De participar de um filme que tenha um significado mais do relevante para a história do cinema. Falo simplesmente do filme que até o dia de hoje tem a maior bilheteria de todos os tempos da história do cinema. E o primeiro lugar da minha lista teve essa sorte.

1.Kate Winslet

Nasceu em em 05 de outubro de 1975, Reading, Condado de Berkshire, Inglaterra.

Na minha opinião Titanic seria intragável sem a presença de Kate Winslet. Quem mais na face da Terra poderia encarnar Rose DeWitt Bukater. Não melhor, que importância teria para o cinema essa personagem se não fosse a entrega de Kate. E olha que fazer Billy Zane e Leonardo Di Caprio (naquele tempo) parecerem grande coisa foi uma missão hercúlea. A menina carrega o peso do Titanic nas costas sem o menor problema. Suas formas hoje um tanto franzinas para o meu gosto, na época eram estupendas mesmo que fartas. Corrijo o que digo, eram estupendas exatamente por serem fartas. Qualquer mulher poderia se imaginar sendo a Rose. Amor à primeira vista para geral. Dos seus trabalhos, vi pela metade “a viagem de ácido” Brilho eterno de uma mente sem lembranças, pois não o vi no cinema, e nem o aluguei, vi já chegando no final na televisão, e nutro uma curiosidade imensa por O amor não tira férias, pois infelizmente, quando fui no cinema de minha cidade com minha ex-namorada, o ar condicionado do local nos obrigou a sair do cinema, e até a parte em que eu vi tava Kate Winslet 10 x 1 Cameron Dias. Curiosamente começou em 1994 no cinema. Esse ano faturou finalmente o Oscar por O Leitor, e há muito a ser visto dela para ser garimpado por mim em locadoras.

Ou seja, tenho na minha lista, pelomenos umas cinco atrizes que surgiram nas telas nos anos 90, e estão aí até hoje trabalhando bem, contrariando quem diz que depois dos anos 80 não surgiu mais ninguém, se é que alguém diz isso.

Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/

Agradecimento especial: A todas as atrizes que citei na minha lista. Obrigado.

E quais são as suas 10 atrizes Top? E porque não dizer também seus 10 atores favoritos?

Participe

QUEIROZ escreve também em:

http://escritosmalditos.blogspot.com/

http://movieyou.com.br/voce/


O Oscar e a Animação


Autor: Mafalda ~ 25 de fevereiro de 2008. Categorias: Sem categoria.

Divagando um pouco sobre Animação e também aproveitando a entrega do Oscar, aproveito para comentar sobre o trabalho de um animador.

Eu brinco que o animador, ou mesmo um cartunista, desenhista, é um ator frustrado. Muitas vezes, ele é tímido para se expressar, e faz isso melhor pelo desenho.

Acho que o que mais sintetiza meu pensamento foi a indicação do longa metragem animado A Bela e a Fera da Disney ao Oscar de mehor filme no ano de 1991.

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Foi o primeiro e único desenho a receber este tipo de indicação, o que indica que seus artistas, animadores principalmente, conseguiram superar a arte de se expressar através do desenho e da animação dos traços. E isso em um desenho em 2D. Afinal, apesar de todo o mérito da animação 3D, você tem aquele scanner e outros aparelhos que passam para o modelo 3D as expressões humanas e os movimentos.

É muito mais trabalhoso você puxar da sua memória, intuição e mesmo de um espelho amigo na mesa de trabalho (para você observar suas caretas), a emoção de um personagem para o papel, através da agilidade de suas mãos, do que um scanner de movimentos para o modelo 3D já pronto.

Mas voltando ao Oscar, concorrendo ao prêmio de melhor animação deste ano (2008) temos duas animações que se destacam: Ratatouille – o vencedor – e Persepolis.

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Acho o prêmio à Ratatouille merecido! A perfeição e a beleza de Paris, a história, os personagens, tudo cativante e perfeito. Sempre que vejo a Pixar ganhar um Oscar, lembro-me de Ken Perlin, amigo do fundador da Pixar quando ambos faziam pesquisa em computação gráfica na universidade nos anos 70.

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Ken Perlin foi quem criou a idéia da textura para objetos 3D e revolucionou toda a industria! Se hoje vemos “pelôs” e “cabelos” nos personagens, a idéia, a “célula” foi dele! :)

Conheci-o pessoalmente, quando tinha uns 39 anos, e parecia ter 10 anos a menos, com seu jeito de garotão. Cara simples, simpático, com aquele jeito manso e humildade que só os gênios tem.

Ganhou um Oscar por esta enorme contribuição que deu à industria da computação gráfica.

O outro concorrente ao Oscar é Persepolis, cuja Graphic Novel já era conhecido, desenhado e escrito por Marjane – uma cartunista iraniana – que conta como era sua infância e adolescência durante a Revolução Iraniana. Como desenhista e animadora, sempre me alegro muito ao ver uma mulher tendo sucesso nesta área, onde alguns ainda se surpreendem com o talento feminino. Uma animação que vale a pena ver!

persepolis_051.jpg

Aqui um link de jornal online para você saber mais sobre Persépolis:

http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art128262,0.htm

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Beijos da Mafalda





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