Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Fim da bagunça: meu sonho de consumo


Autor: Mafalda ~ 20 de julho de 2011. Categorias: Sofá da Mona.

Zapeando na TV, vira e mexe paro hipnotizada para assistir aos programas de “arrumação” de casas. Dessa linha, sou quase viciada no “Cada Coisa em Seu Lugar” (exibido pelo Discovery Home & Health) com a divertida apresentadora Niecy Nash (atriz e comediante, que talvez você conheça do engraçadíssimo Reno 911!).

Recentemente, o GNT investiu em algo similar, tendo à frente Micaela Góes (ela é atriz desde menina – foi a Maria Lua de Ana Raio & Zé Trovão – mas no GNT aparece como consultora de organização). No programa brasileiro (Santa Ajuda, exibido nas noites de quinta) a proposta é arrumar um ambiente. Às vezes, sem tirar nem colocar nada de novo, percebe-se ser possível ter mais espaço e estética, basta saber organizar. A idéia é ensinar ao espectador alguns princípios para arrumar e manter a arrumação (o mais difícil). Já estou usando dicas que aprendi no programa, que também ensina a tirar manchas e outros macetes para casa no melhor estilo “Sebastiana Quebra-Galho”. Ah! E também aprendi a falar “sala de convivência” em vez de “sala de estar”
(adoro esses termos afrescalhados).

No “Cada Coisa em Seu Lugar” a operação é radical. A casa inteira é organizada. Não sei os critérios de seleção, mas as casa norte-americanas são imbatíveis no combo from hell bagunça+tralhas. Hábito por lá, os itens descartados (para ganhar espaço e beleza) viram dólares em vendas de garagem. A grana arrecadada é investida em móveis, cortinas, pintura e objetos de decoração. O que não é vendido é doado. A equipe conta com decoradores e handmen (aqueles caras que fazem qualquer conserto com um sorriso na cara) e o resultado sempre é excelente.


A turma do Cada Coisa em Seu Lugar. Niecy sempre discreta de vermelho.

Estou criando coragem há tempos para organizar o escritório de minha casa. Pilhas de papel aguardam um destino, canetas que não pegam, recibos, anotações, agendas velhas, desenhos… Mas cadê pique?! Admito: meu sonho de consumo é ter um desses programas arrumando tudo para mim. Sonho impossível pela geografia. Uma alternativa genérica seria trazer minha mãe, que adora arrumar qualquer coisa (do seu modo lógico) e deixá-la mexer em toda minha bagunça. Hum… É, pensando bem, prefiro continuar tentando criar coragem e anotando as dicas da Micaela e da Niecy.


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Um turista idiota


Autor: Mafalda ~ 31 de maio de 2011. Categorias: Sofá da Mona.


Karl (na frente) com os produtores Stephan Merchant e Ricky Gervais

Sabe aquele comentário politicamente incorreto e sarcástico que só temos liberdade de fazer, sei lá, com nosso(a) irmão(ã) ou melhor amigo(a)? Sim, todos carregamos em distintas doses esse humor sombrio. Mas, vivemos em sociedade, convivemos com todo tipo de gente e para o jogo social rolar, é necessário mentir. Então, jamais confie nessas pessoas que batem no peito e declaram que não mentem. Já estão mentindo e sequer percebem. O filósofo dos tempos pós-modernos, Dr. House, já sentenciou: “Everybody lies”.

A mentira e suas circunstâncias, a necessidade (?) da mentira nas relações e questionar a vilania ou santidade da mentira me remeteu a dois trabalhos do ator, comediante, roteirista, diretor e produtor de TV britânico Ricky Gervais (pra quem não sabe, ele era chefe mais boçal ever da versão original do seriado The Office, atualmente interpretado por Steve Carell).

Nos canais de filmes da TV a cabo, assisti ao interessante filme protagonizado pelo ator, que se passado num mundo em que ninguém mentia. Não vou me estender. Não deixe de assistir, vale muito a pena e te faz pensar um pouco (O primeiro mentiroso, 2009 – uma comédia deliciosa, com direção do próprio Ricky).

É produção desse mesmo ator em parceria com Stephan Merchant, a impagável série “Um turista idiota”, no ar no GNT. A ligação com o filme é que o turista em questão parece ter saído daquela sociedade fictícia. A idéia não é original, mas a personalidade de Karl Pilkington segura a atenção e garante diversão. Para mim, ele é um híbrido de George Constanza e Homer Simpson. Interessante notar que todos nós nos identificamos mesmo com as colocações mais idiotas, preconceituosas e toscas dele. Porque as trazemos em nós. Porque temos amigos que nos fazem rir falando as mesmas coisas. Porque o sarcasmo é uma iguaria para paladares acima do bem e do mal.

Um detalhe importante: a rota da série segue as 7 Maravilhas do Mundo (vai, tenta aí de cabeça dizer quais são…rs). Assim, ele virá ao Rio (mal posso esperar para ver este episódio!). Ao ver pela primeira vez na vida (sim, ele é super ignorante) a foto do Cristo Redentor, olhou, olhou, fez um muchocho e deu sua primeira impressão: “Parece um poste”. Apesar dessas e outras, não há agressividade no turista. Ele carrega consigo um sentimento comum, especialmente em moradores de países ricos: a certeza de que sua forma de sociedade e modo de vida é o único certo no planeta (de terça a sexta no GNT, 23:15).


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Chegadas e Partidas


Autor: Eubalena ~ 20 de abril de 2011. Categorias: Sofá da Mona.

Essa semana assisti um dos novos programas do canal a cabo GNT. Trata-se de “Chegadas e Partidas”, comandado por Astrid Fontenelle. Resumo em uma palavra? Adorei.

A idéia do programa é simples, mas sua execução complexa para gerar um resultado positivo. O programa que assisti se passou em um aeroporto (não sei se será sempre em aeroporto, acho que sim, talvez não haja clima numa rodoviária). Astrid e equipe, munidos daquele feeling que só bons jornalistas têm, abordam pessoas na área em que elas aguardam os embarques e desembarques. Daí ela flagra uma família inteira esperando o Fulano que está vindo depois de anos fora, aquela saudade e ansiedade do reencontro, a história do Fulano, da família, o que o levou pra longe… Tudo é esmiuçado com leveza e respeito, de um jeito gostoso e agradável, por Astrid. Fica claro o tempo todo que os protagonistas do programa serão os entrevistados e não a entrevistadora. Nada de estrelismo. Astrid se posiciona geralmente num segundo plano quando conversa com os grupos, sai do enquadramento da câmera em alguns momentos até. A prioridade é contar as ricas e surpreendentes histórias daquelas chegadas e partidas.

É curioso perceber o comportamento quase padronizado nas duas plataformas distintas. No embarque, a lente expõe a dor da separação, o choro, o abraço que não quer soltar, a necessidade de ir esmagando o sentimento de vontade de ficar. Mas é aí que vemos a elegância da direção do programa: nada de apelação ou sensacionalismo. Chegar e partir são momentos da vida. Astrid consegue fazer esses retratos sem ampliá-los além do necessário. São tocantes por si só, na dimensão real.

Ao final do programa, fiquei o com sensação do incontável número de pessoas e histórias interessantes e lembrei de uma famosa frase: “A realidade supera qualquer ficção”.

Astrid e sua equipe em gravação de Chegadas e Partidas


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