Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Bebê rock´n´roll – ninando seu filho com estilo


Autor: Phoebe ~ 27 de maio de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Que nossas canções de ninar são uma tragédia, isso não é novidade para ninguém – inclusive vários humoristas já fizeram troça com os versos tragicômicos das nossas cantigas de roda.

Desde que me vi com a incumbência de ninar minha filha, sabia que jamais a embalaria ao som de “Boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta”. Como na época eu não conhecia muitas músicas infantis, o jeito foi improvisar cantando canções que eu sabia de cor – mas de cor eu só conhecia os “rocks” que passei a adolescência inteira ouvindo.

E foi assim que, ainda recém-nascida, minha filha foi apresentada aos maiores sucessos do Guns ´n´ Roses, Nirvana e Bon Jovi.

Com as músicas do Nirvana o efeito não foi lá muito interessante, não sei se devido à minha incapacidade de transformar os gritos viscerais do Kurt Cobain em sussurros maternais, ou em razão das próprias letras das músicas – afinal, como cantar para um bebê o verso “I wish I could eat your cancer when you turn black”? Não tem clima, né?

Já com o Guns o negócio fluiu com mais facilidade, especialmente com a música “Sweet Child O´Mine”, que deve – ou deveria – ser o hino de todos os pais que têm sob seus cuidados uma doce garotinha.

Mas foi uma música do Bon Jovi que cumpriu com perfeição a função de embaladora oficial das sonecas da minha filha: “Blaze of Glory”. Foi engraçado constatar que a menina caía em sono profundo ao me ouvir cantar “Well, I´ve seen love come, I´ve seen it shot down, I´ve seen it die in vain… Shot doooooown, in a blaze of gloryyyy”. Mais engraçado ainda foi constatar há algumas semanas que, mesmo depois de 3 anos, “Blaze of Glory” continua sendo um Lexotan para os ouvidos da pequena: numa noite dessas, voltando para casa depois da escola, essa música tocou no CD-player e, quando virei para trás, lá estava a menininha dormindo profundamente!

Portanto, na hora de ninar seu bebê, esqueça o “Nana, neném, que a Cuca vai pegar”! Vá de Beatles, Aerosmith, Oasis etc. Seu pequeno Elvis agradece!

Beijos da Phoebe


MONA EM FAMÍLIA – Nomes de meninos: pequeno manual de instruções!


Autor: Phoebe ~ 7 de fevereiro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

O casal compra um teste de farmácia, descobre o positivo e já começa a pensar nos nomes. Claro, porque, depois do típico “quantos meses de gravidez?”, a pergunta que o casal mais ouvirá nos próximos meses será: “E já tem nome?”.

É então que começa a peregrinação. O casal logo responde: “Se for menina, vai ser Isabela, Marina, Amanda, Yasmin, Catarina, Sofia ou Maria Luísa”. “Lindos os nomes!”, responde o interlocutor. “E se for menino?”. Ficam os pais com cara de bidê – “Não decidimos ainda” (a não ser que o casal queira homenagear alguém da família e já tenha decidido que o menino terá o nome do pai/avô/bisavô/tataravô).

Ô coisinha difícil é arrumar um nome legal para menino. Eu e meu marido levamos 19 semanas rodando feito perus tontos até encontrar finalmente o nome  do nosso filho. E só decidimos na 19a semana porque descobrimos que a nossa filha de 3 anos, talvez já impaciente com a nossa demora, espalhou na escolinha que o nome do seu irmão seria Pafúncio. Antes que o pobre virasse Pafúncio por osmose, corremos para acelerar o processo de escolha do nome. E daí surgiu a idéia desse pequeno manual!

1) Vasculhe toda a árvore genealógica das famílias materna e paterna e vá riscando os nomes de tios e primos até 3o grau – a não ser que você queira causar uma confusão daquelas. “E seu neto Renato, Florzinha?”, e a avó responde: “Que Renato? O filho da minha Virgínia ou o filho do meu José?”. Bom, já nessa primeira fase você vai descobrir que todos os nomes mais bonitinhos terão que ser riscados da sua lista: Rafael, Gabriel, Artur, Tiago, Lucas, Leonardo, Guilherme, Gustavo etc.

2) Riscados os nomes já usados na família, há que se eliminar os nomes de cachorros. Sim, nomes de cachorros, cães, aqueles de quatro patas… Tipo Ralf. Ralf é um típico nome de cachorro, não é verdade? Apolo, Argos, Beethoven, Felix (se bem que Felix está mais para nome de gato), Frank, James, Jim etc. Pensei em incluir Max nessa lista também, mas como temos um leitor/ouvinte chamado Max, melhor não arriscar! Brincadeira, Max!

3) Elimine também os nomes comumente utilizados para designar um determinado ato escatológico. “Ih, cara, já vai chamar o Hugo depois da segunda cerveja? Tás mal, hein?”. Caso contrário, seu filho corre o risco de passar por situações bem constrangedoras. “O Fulano foi ali chamar o Raul”. “Ué! O Raul veio??? Deixa a namorada dele descobrir isso”!

4) Risque também os nomes que podem gerar apelidos que seu filho certamente irá detestar. Lembro de ter estudado por 5 anos com um menino chamado Rodrigo Manoel. Qual era o apelido dele? Mané, claro! Lembre-se sempre da primeira verdade universal: criança não presta! Para colocar apelido no amigo, basta só um pezinho. Ciro vira Circo; Francesco vira Fresco; Lindolfo é Lindo e Fofo, e por aí vai.

5) Elimine os nomes afeminados. Seu filho te agradecerá pelo resto da vida ao descobrir que poderia ter sido chamado de René (aliás, René rende ainda outro apelidinho infame. No primário, estudei com um “René Rená em Caixinha”). Por mais que certos nomes franceses soem chiques, acredite, é melhor ir de José do que arriscar no François (o famoso “Françuá”)!

6) Essa é só para as mulheres: nunca, jamais, never queira colocar no seu filho o nome de algum ex-namorado, encosto ou amante. Ou você corre o risco de passar pela mesma situação de uma garota infame que conheci por aqui: chifrou o namorado com um carinha, meses depois engravidou do namorado e colocou no filho o nome do tal carinha. Resultado: quem sabe do rolo só chama o pobre do menino de “Junior”!

7)  Você vai acabar descobrindo que se encontram automaticamente eliminados da sua lista os nomes de pessoas desagradáveis que já passaram pela sua vida desde a época do jardim de infância. João Paulo era aquele gordinho ruivo que vivia implicando com o resto da turma; Roberto era aquele altão insuportável metido a valentão; Jordan era aquele menino que vivia com *coriza* no nariz (pra não dizer catarro) e só respirava pela boca… Como você não quer lembrar dessas peças cada vez que olhar para o seu filho, claro que, até inconscientemente, vai evitar esses nomes!

8) Por fim, por mais árdua que se mostre essa dura tarefa de escolher o nome do seu filho, ceda bravamente à tentação de comprar um dicionário de nomes. Vai por mim: não vale a pena! Comprei um de determinada editora cujo nome não vou mencionar para não causar constrangimento (Ed. ESCALA) e foi uma tragédia! Parece que abriram o Aurélio e deslocaram para aquelas páginas as palavras mais estapafúrdias que encontraram pela frente. Tipo “Macaxera (sem i mesmo) – significado: diabo, demônio”; “Ligeiro – rápido” (ooooh, sério?). Entre as belezinhas indicadas, há nomes como Asdrúbal, Epaminondas e… Pafúncio, obviamente!

E aí? Sobrou algum nome ainda?

Beijos da Phoebe!

Fonte da imagem: http://dicionariodeetica.wordpress.com




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