Ponto Gê – A guerra das compras de natal
Por Mafalda - 19 de dezembro de 2008. Categorias: Ponto Gê.
Ah, o natal. Sinônimo de amor, de alegria, união, família. Chega o final do ano e o espírito natalino domina os corações. Você comprova isso no trânsito. Enquanto o semáforo ainda não abriu, delicie-se com cinco carros de som, tocando cada um uma música de natal diferente. O som alto impede você de conversar até com a pessoa que está ao seu lado no veículo. Mas e daí? É natal. Uma pequena barbeiragem do motorista da frente e o outro já grita: – Feliz Natal pra sua mãe!
Os pais levam os filhos para ver as luzes de natal e escolher o presente. Só esquecem de avisar que quem vai entregar é o Papai Noel. E as crianças se desesperam. Gritos, choros e pirraças tomam conta de lojas.
Quando finalmente, você resolve deixar as crianças na casa da sua mãe e sair para fazer as compras de natal tranquilamente, se depara com um cenário de guerra. A batalha já começa em conseguir um vendedor para ser atendido.
Depois de horas de espera, alguém resolve te dar um chance. A sensação de alívio não dura muito tempo, ao seu lado, já está àquela senhora escolhendo entre seu monte, o que ela vai levar. Não adianta cara feia, ela não vai sair. Você começa a escolher tudo de forma rápida. Seus pais, afilhados, netos, filhos, sobrinhos, marido, namorado, a sogra. Uma lista enorme, você mal começou e já está de saco cheio.
Então você avista o vestido perfeito. Olha para os lados para ver se ninguém está vendo e dispara o mais rápido que puder para pegá-lo. Lágrimas de satisfação tomam conta de seus olhos e você parte em direção ao provador. Doce ilusão. A fila está imensa e na sua frente está à senhora que pegou metade de suas roupas e junto com ela uma vendedora que segura a outra metade da loja nos braços. PQP…
Além de provar meio mundo, metade das roupas eram tamanho M, para uma bunda G e ela desiste de tentar colocar. Pede então, para a vendedora ir buscar as peças G das roupas. Que diabo!
Depois de quase desistir, chega a sua vez. Você prova e adora o vestido, como tinha imaginado: perfeito. Hora de pegar a fila do caixa. Cada um no seu quadrado. Crediário por aqui, cartão e à vista aqui. A fila do lado vai sempre andar mais rápida. A mulher do caixa atende o telefone a todo instante, mesmo a fila fazendo volta na loja. Leva uma estação inteira para tirar o detector da roupa e faz a pergunta clássica: É pra presente? Para usufruir de todos os benefícios que a loja oferece, você diz que sim. Leva mais algumas horas na fila do pacote e sai.
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. A desgraçada esqueceu de tirar o seu detector, e a loja inteira já te olha com cara chocada. Bom, quem pensaria outra coisa. Seu cabelo está um caos, sua roupa amassada, seu sapato acabado (ninguém lembra que ele é desconfortável para as longas caminhadas das compras de natal). Só falta o gorro com furo nos olhos e a arma na mão para você parecer um meliante.
Depois de resolvido o problema, você finalmente consegue sair da loja e pega a lista dos presentes. Risca dois nomes e parte para os outros 15. Mas quem se importa, é natal.
Feliz natal a todos que sempre acompanham a coluna.
Um beijão,
Gê
19 de dezembro de 2008 às 15:22
É por isso que compro tudo em novembro
Olá Monas! Eu não suporto essa época do natal! Para mim o natal começa em novembro, sempre! Já vou pensando no que posso comprar e adianto tudo! Só fica os perecíveis para trás! E sobre o shopping, dá até arrepios só de pensar! É fila para tudo. Para estacionar, comer, até para ir no banheiro. Falando em fila, mudando de ssunto um pouquinho, fiquei indignado outro dia quando fui na nova lanchonete sensação daqui de Londrina: Kingerburguers! Voces acreditam que foi uma fila para fazer o pedido. Outra para pagar o pedido. Mais uma para retirar os lanches e os copos vazios! Isso mesmo, copos vazios, pois tinha uma ultima fila para o self service de refrigerantes! Pior ainda não tinha acabado! Tinha mais uma fila para poder escolher o brinde do kitlanchecriança! Sai de lá indignado! Mas só depois de voltar umas tres vezes na fila do refrigerante. Uma dica interessante para compras de natal é separar a manhã da segunda feira! Quem em sã consciência irá às compras em uma manhã de segunda feira? Não pode, trabalha? Vai na hora do almoço! Um super abraço a todas!
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19 de dezembro de 2008 às 15:44
Eu adoro o natal, por isso sempre faço minhas compras de natal no final de novembro =P
Parabéns pelo texto Gê, ótimo como sempre.
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19 de dezembro de 2008 às 16:29
Morri de rir do texto Gê.
Eu amo natal, espero o ano todo por essa data.
Mas não dessa vez!!
Esse ano gostaria de invocar uma magia negra necromante e fazer o peru ressucitar feito um zumbi descabeçado, para ele correr desgovernadamente entre as tortas e rabanadas espalhando o terror e o arroz com passas entre os parentes, enquanto eu na cabeceira da mesa iria gargalhar de maneira malévola aproveitando ao máximo o caos familiar.
Well, mas isso é coisa da mente fértil de um nerd frustrado, o jeito vai ser só ficar mesmo sentao emburrado no sofá ao som de alguma música do Roberto Carlos…
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20 de dezembro de 2008 às 0:30
Olá, gê!
Adorei escutar sua voz pela primeira vez no monacast 41. Ultrassimpática vc! Ah, se eu fosse mais jovem…(tenho entre 20 e 25)rs!
Comprovei a teoria de vcs sobre “dedicar tempo ao presente da mulher”: uma amiga minha fez aniversário nessa semana e nesse resolvi mandar uma mensagem diferente. Já sabia o significado do nome dela, mas queria fazer alguma coisa que ficasse legal…
Então pesquisei como seria o nome dela em japonês (pronúncia e escrita).
Achei um site que mostra os caracteres do hiragana que formam o nome dela e mandei junto de uma pequena mensagem bem bacana que eu mesmo fiz.
Ela disse “Aiii que lindo seu scrap!!” e disse que adorou de verdade e pra eu não sumir…=]
To satisfeito…rs!
Alguém me disse que é bem legal dizer alguma coisa que expresse um sentimento, mas num outro idioma. Aí liguei a dica de vocês com essa e recebi um recado que me fez achar que valeu a pena!
Não li seu texto agora pq to com muito sono…
Adoro as coisas que você escreve, mas se eu for ler do jeito que eu to, não vou apreciar da mesma forma…
Nega… um grande abraço!
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20 de dezembro de 2008 às 23:47
Oi, Gê!
Tô vindo lá do blg da Somnia e adorei conhecer seu texto bem-humorado sobre o Natal.
Também gosto da festa, mas os preparativos, pelo menos para quem mora em cidade grande, são muito cansativos e estressantes. Você tem mesmo razão, apesar de que ri muito com o final tragicômico que vc deu ao texto.
Também deixei lá no blog um texto de Mário Prata que visualiza o Natal com este pandemônio aí citado.
Mesmo depois de tanta canseira, desejo que vc aproveite bem estas festas e tenha um lindo Natal.
abraços cariocas
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