Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Sem Limites – com Bradley Cooper e Robert de Niro


Autor: Mafalda ~ 7 de março de 2012. Categorias: MonaCine, Sofá da Mona.

Se você tivesse acesso a uma droga capaz de torná-lo uma potência cerebral, alguém imbatível em qualquer setor ou no trabalho que gosta, você experimentaria? Eu me adianto e respondo que sim, eu super tomaria o aditivo. Se pudesse tudo, se tivesse todas as chaves para quaisquer portas, escolheria dedicar-me ao cinema. Mais especificamente, animações. Ou talvez me dedicasse a algum projeto de resgate e abrigo de animais… Espera aí! Eu posso fazer ambas as coisas. Sucesso garantido. O mundo é ridiculamente óbvio para mim.

O filme Sem Limites (de 2011, em cartaz no Telecine Premium) mostra a trajetória meteórica de ascensão do escritor Eddie Morra (Bradley Cooper em excelente atuação com Robert de Niro como coadjuvante) que em meio a um bloqueio criativo conhece o NZT. Uma droga sintética que dispara a contagem de seu QI. Que promove o uso de 100% de sua capacidade mental.

A trajetória escolhida pela personagem Eddie Morra me causou identificação. Qual seria o maior poder dentro de nossa realidade? Mudar leis, criar novas, mudar a realidade das pessoas? Tornar o mundo um lugar melhor para todos? Ou esse sucesso todo seria relativo? Quer dizer, a sensação de sucesso, de superação só é percebida por que existe o fracasso? Se todos fossemos vencedores, o que nos moveria? Despreocupados, seriamos versões melhores de nós mesmos? Seríamos mais solidários, por exemplo? Tenho curiosidade. E, bem, esses são apenas alguns pensamentos que me ocorreram ao rever este filme.

Para quem curte um filme que gera assunto, até mesmo em antigos casais apáticos, fica a dica. Os simbolismos, analogias e metáforas são prato cheio. O argumento do filme supera seu roteiro. E aí que se você estiver com amigos e algumas biritas, o papo será antológico.
Parte muito importante para mim em qualquer filme é a trilha sonora. Ela pode comprometer um filme. Não é o caso aqui. Adorei a trilha sonora. Vale prestar atenção na última música.


Oscar 2009 – Melhor Canção Original


Autor: Eubalena ~ 3 de março de 2009. Categorias: Mona POP.

Muito já se falou (negativamente) sobre as indicações nesta categoria. Pra começar aconteceu de terem sido indicadas apenas três canções, mas acho que todos já passaram da fase de indignação por isso.

Depois, tivemos o choque das próprias indicações. Várias canções lindas foram deixadas de fora, como The Wrestler, de “O Lutador” (escrita e interpretada por Bruce Springsteen e vencedora do Globo de Ouro) e I Thought I Lost You, de “Bolt – Supercão” (escrita por Miley Cyrus e interpretada por ela, juntamente com John Travolta, que também foi indicada ao Globo de Ouro). Mas acho que todos também já passaram dessa fase de indignação.

Falo das três indicações:

Primeiro, “Down to Earth, do filme “Wall-E”. A música composta por Peter Gabriel e Thomas Newman, com letra de Peter Gabriel, é a melhor maneira de encerrar o filme, que é encantador. Foi indicada ao Broadcast, a Globo de Ouro e ao Satellite, ganhou o Grammy e o World Soundtrack Awards. Peter Gabriel tornou-se famoso por ser o vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis, e suas canções constam em trilhas sonoras de filmes como “Filadélfia” e “Cidade dos Anjos”. Mesmo assim, esta é sua primeira indicação ao Oscar. Por outro lado, é a décima de Thomas Newman, lembrado por filmes como “Procurando Nemo” e “Beleza Americana”. O que falar da canção? Que é uma das mais lindas que já ouvi. Ela é leve, delicada, e nos faz terminar o filme com aquela sensação de ter visto uma verdadeira obra de arte. Por que não ganhou? Não sei. Alguém me explique, por favor.

Em seguida, temos O Saya, do filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”, música de A. R. Rahman (que venceu também a categoria Melhor Trilha Sonora Original), com letra de A. R. Rahman e Maya Arulpragasam. Como não foi indicada a nenhum outro prêmio, a inclusão desta canção entre as indicações a esta categoria gerou muita estranheza. Com uma batida bastante eletrônica, cheia de efeitos que ouvimos nas músicas dance, a canção dos créditos iniciais do filme não impressiona. É daquelas que realmente pensamos “o que está fazendo aqui?”. Por que ela foi indicada? Não sei. E acho que ninguém sabe explicar.

Por fim, temos a canção vencedora. Jai Ho“, também do   filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”. A música dos créditos do filme, composta por A. R. Rahman, com letra de Gulzar, concorreu ao Broadcast e ao Satellite. “Jai Ho” começou fazendo sucesso por estar no trailer do filme. É uma canção diferente do que estamos acostumados, sim. Não sou extrema conhecedora de música indiana, mas posso dizer que a sonoridade diferente é resultado do sistema indiano de afinação, que usa até quartos de tom na sua música (na música comum aos nossos ouvidos, o menor intervalo usado entre duas alturas é de meio tom). Claro que ela é difícil de ser executada e tem uma sonoridade diferente. Para nós, meros ocidentais. Não para os indianos. A melodia da canção é bastante tradicional, por assim dizer, e sua inovação está na batida dançante que passa pelo sabor latino e traz até uma pequena estrofe em espanhol. Ouvi a música. Não vi o filme. Talvez por isso não tenha entendido o prêmio.

Eu passei das duas fases de indignação que falei antes. Mas ainda não passei da fase “porque foi essa a canção vencedora?”. Talvez depois de assistir o filme eu entenda. Aceito explicações!

Luana Lied Zapata





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