Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Mãos ao alto! Cuidado na hora de financiar seu carro


Autor: Phoebe ~ 26 de março de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Que todo brasileiro é apaixonado por carro, isso a gente já está careca de saber. O que quase ninguém sabe é que, na hora de financiar um carro, mais de 90% das instituições de crédito promovem verdadeiros assaltos, valendo-se do desconhecimento dos clientes.

Em 2007 eu financiei um automóvel e, depois de pagar 8 parcelas, quis fazer o liquidamento antecipado. O Código de Defesa do Consumidor assegura a todos nós o direito de obter descontos ao liquidar uma dívida antecipadamente. Só que o banco que havia financiado o meu carro, além de não ter dado desconto algum, ainda me cobrou R$ 1.000,00 de “taxa de liquidação antecipada”. Tentei negociar de todas as formas mas não houve acordo. A contragosto, paguei a tal taxa, liquidei o débito e no mesmo dia redigi uma petição para dar entrada no Juizado Especial. Ao pesquisar mais sobre os valores do meu contrato de financiamento, tive uma surpresa: havia sido roubada em quase R$ 2.500,00, em apenas 8 meses de financiamento! O meu processo no Juizado demorou poucos meses e a sentença reconheceu os meus direitos como consumidora, determinando ao banco que me devolvesse todo o valor que havia sido cobrado indevidamente.

Seguem abaixo algumas dicas que vocês podem seguir para que não sejam enganados pelas instituições de crédito ao assinar algum contrato de financiamento. Para quem já assinou, não tem problema: é só dirigir-se ao Juizado Especial mais próximo à sua casa portando todos os documentos referentes ao financiamento, especialmente o contrato, e pedir que o funcionário reduza a termo a sua petição. “Reduzir a termo” significa que o funcionário irá ouvir a sua reclamação e transformá-la na petição inicial do seu processo, sem necessidade de contratação de advogado ou pagamento de custas.

a) Primeiro, solicite à instituição o seu contrato de financiamento. Nem adianta procurar em casa, você dificilmente terá esse documento guardado na sua pasta. Isso porque as financeiras, no momento de assinatura do contrato, ficam com todas as vias, alegando que depois você irá recebê-lo pelo Correio, devidamente assinado, mas não o devolvem. Você terá que telefonar pedindo a sua via e certamente ouvirá que ainda terá que aguardar pelo contrato por mais ou menos 30 dias.

b) Com o contrato em mãos, a primeira providência é verificar se foi cobrada taxa de abertura de crédito. Todas as instituições cobram, mesmo sabendo que essa taxa é ilegal. Tão ilegal que o Banco Central precisou editar uma resolução proibindo essa cobrança. O que as financeiras fizeram? Mudaram o nome para “Taxa de Confecção de Cadastro” – TCC e continuaram cobrando. Pior: aumentaram o valor! Nos anúncios de jornais, podem observar que algumas concessionárias chegam a cobrar até R$ 700,00 a título de TCC.

c) Verifique se foi incluída a cobrança pela emissão de cada folha do boleto bancário. É outra cobrança ilegal que todas as instituições promovem. Um mesmo banco chega a cobrar 3,50 por cada folhinha do carnê de financiamento de um Celta, ao mesmo tempo em que cobra R$ 6,00 pela folhinha de um Corolla – por certo o serviço de impressão é diferenciado, para o Corolla devem usar tinta à base de ouro.

d) Verifique a taxa de juros prevista no contrato. No meu caso, o contrato previa taxa de juros de 1,4%, mas as parcelas escondiam a cobrança de uma taxa superior a 1,8%. Parece pouco? Em apenas 8 meses, a financeira ganhou mais de R$ 400,00 com esse “pequeno engano”. Imagine o quanto teria lucrado caso eu tivesse mantido até o final o pagamento das 48 parcelas, ao invés de fazer o pagamento antecipado? E nem é preciso saber matemática para fazer os cálculos: o Banco Central oferece esse serviço em sua página da internet. Basta você colocar os dados principais (valor financiado, número de prestações e valor da parcela), que o site já informa a taxa de juros embutida no valor das parcelas. http://www.bcb.gov.br/?PRESTFIXA

e) Se você recebeu um dinheiro extra e pretende liquidar antecipadamente o seu financiamento, precisa tomar muito cuidado! A taxa de liquidação antecipada é ilegal e já foi condenada pelo Banco Central, portanto não aceite essa cobrança. Mas o mais importante é verificar os cálculos feitos pela financeira. Para fazer o pagamento antecipado, você precisa telefonar pedindo o valor do saldo devedor para quitação integral na data X. No cálculo desse valor, há que ser dado o desconto proporcional da taxa de juros, mas muitas instituições não dão o desconto correto. Há pouco tempo uma amiga tentou fazer a liquidação antecipada mas descobriu que, após pagar 17 parcelas de R$ 500,00, o valor do saldo devedor ainda era de R$ 16.500,00, sendo que o valor financiado era R$ 17.000,00. Ou seja, após ter pago mais de R$ 8.500,00, a financeira só havia abatido R$ 500,00 e exigia R$ 16.500,00 para quitar o débito. Claro que há algo de muito errado nesses cálculos! Nesses casos, o ideal é procurar o PROCON da sua cidade e pedir que o órgão faça os cálculos corretos, inclusive convocando a financeira para uma tentativa de acordo. Caso não haja acordo, o jeito é procurar a Justiça.

Portanto, muito cuidado na hora de financiar seu automóvel! E não deixem de divulgar essas informações, porque as instituições bancárias somente deixarão de cometer essas irregularidades quando os consumidores passarem a exigir os seus direitos.

Beijos da Phoebe!

Fonte da imagem: http://www.acf-fr.org/pt/


O bolso está vazio? Parte I


Autor: Phoebe ~ 30 de julho de 2008. Categorias: Curtindo a Vida.

O mês de julho chega ao fim e você, mais uma vez, não viajou para lugar algum. Logo chegará janeiro e, pelo andar da carruagem, você passará as férias de bobeira em frente à TV, com o controle remoto na mão, passando freneticamente por todos os canais até descobrir que, entre os 150 canais da TV paga, não há sequer um programa capaz de eliminar o seu tédio.

Bora mudar esse filme e começar desde já a programar sua próxima viagem?

Se você é do tipo que a cada 30 dias repete pelo menos 3 vezes a frase “sempre sobra mês no fim do dinheiro”, vou passar umas dicas legais para você ver que é possível, sim, viajar nas férias mesmo em tempos de vacas magras.

A) Passagens aéreas

Já faz alguns anos que as duas principais companhias aéreas do Brasil volta e meia anunciam promoções com preços imperdíveis, não é verdade? O grande problema é que essas promoções sempre pipocam do dia para a noite, sem aviso prévio, condicionando as datas de ida e volta a um certo período limitado, que nunca coincide com as suas férias. Assim, fica impossível agendar uma viagem para o mês em que você irá tirar férias, já que não se sabe se aquele período coincidirá com o de alguma grande promoção. Como fazer, então?

Se você tem cartão de crédito internacional, saiba que as principais bandeiras de cartões possuem programas de fidelidade para os clientes, oferecendo determinado número de pontos a cada compra realizada. No meu caso, possuo um VISA vinculado à minha conta bancária no Banco do Brasil S/A. A cada compra que faço, inclusive no cartão de débito (VISA Electron), ganho um determinado número de pontos. Toda vez que completo 1000 pontos, vou ao site do banco ou a algum terminal de auto-atendimento e transfiro os pontos acumulados para o meu cartão fidelidade TAM. Geralmente a conversão de pontos é feita da seguinte forma: 1 dólar = 1 ponto.

Aí você me diz: “Ah, mas tá louca, eu não gasto quase nada no meu cartão de crédito, nunca vou conseguir acumular os pontos necessários para fazer uma viagem”! Não sei dizer como é o procedimento das outras bandeiras de cartão de crédito, mas no VISA você pode realizar transferências de pontos entre clientes diversos. Explicando melhor: se você, sua mãe, seu pai e seu encosto usam cartões dessa bandeira, você pode pedir que eles transfiram para o seu cartão de crédito os pontos acumulados nos cartões deles. No próprio site do banco, o meu marido transfere para o meu cartão os seus pontos; depois eu pego os nossos pontos acumulados e os transfiro para o cartão fidelidade. E se você for do tipo cara-de-pau, pode sair por aí mendigando pontos alheios nas festinhas de família, no saguão da empresa onde trabalha etc.

Outra forma de turbinar a aquisição de pontos é aderindo a um serviço oferecido por praticamente todos os cartões: pagamento de contas do dia-a-dia através do cartão. Ao invés de pagar as contas de água, luz, telefone etc. no banco, você efetua o pagamento através do cartão do crédito. Só precisa observar antes se a operadora do cartão cobra alguma taxa para a realização desse serviço; se cobrar, dependendo da quantia, talvez o custo-benefício não seja interessante.

Verifique com a sua operadora de cartão de crédito se ela possui programa de conversão de pontos em milhas aéreas. Se não possuir, troque de operadora sem nem pestanejar! Se te informarem que o “seu plano não dá acesso à conversão em milhagens”, então peça para fazer o “upgrade” para um plano que te forneça essas vantagens ou telefone para outras operadoras perguntando sobre o serviço e sobre a anuidade cobrada – com uma rápida pesquisa de preços, você pode acabar conseguindo um cartão mais completo por uma anuidade menor do que a que você paga hoje. Aliás, a TAM oferece no seu site os cartões de crédito TAM nas bandeiras VISA e Mastercard, em 3 instituições bancárias diferentes. Esses cartões acumulam mais pontos do que os cartões normais (1 dólar = 1,33 ponto) mas, dependendo do cartão escolhido, a anuidade é meio salgada.

Sobre o cartão fidelidade, basta telefonar para a central de atendimento da companhia aérea para obtê-lo de graça, sem a necessidade de comprar previamente alguma passagem ou efetuar qualquer depósito. Só a título de informação, a Gol ainda não possui programa de milhagem.

E se você passou aí um período juntando pontos mas decidiu que tão cedo não irá viajar, você pode simplesmente vender os pontos que acumulou. Embora as companhias aéreas informem que os pontos não poderão ser comercializados, o que mais se vê por aí é gente anunciando a compra de pontos alheios. Há, inclusive, um site criado exclusivamente para esse fim, onde se oferece R$ 400,00 por cada lote de 10.000 pontos (equivalente a um trecho de ida ou volta para destino nacional, embora volta e meia sejam anunciadas promoções reduzindo para apenas 3.000 pontos por trecho).

Na segunda (e última) parte do artigo, vou dar dicas de hospedagem a baixo custo. Até a próxima quarta-feira!

Beijos da Phoebe





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