Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Podcast – uma mídia que venceu barreiras


Autor: Mafalda ~ 8 de setembro de 2009. Categorias: Cantinho das Monas.

Vendo os comentários do último Monacast, o de número 75, conclui-se que a maior parte do público que nos escuta é formada de homens. Não que não tenhamos mulheres ouvintes. Elas existem, recebo muitos emails delas e fico muito feliz em saber que as garotas nos escutam também!  Mas por enquanto, nesta mídia, a predominância é de homens e muitos deles são nerds e/ou geeks. E é sobre este público masculino que vou falar mais à frente.

Isso me fez refletir sobre a mídia Podcast e compara-la com outras mídias.

Não me lembro de ver  uma revista feita por mulheres que os homens costumam ler. Ou que pelo menos declarem publicamente. hehehe

Nem de programas de humor femininos que deram certo. Não me lembro mesmo!  Talvez tenha algum mais recente, pois já há tempos que estou desatualizada dos programas da TV aberta. Mas mesmo da TV a cabo,  não lembro de um programa de entretenimento/humor/variedades onde tenham só mulheres, e o seu público seja masculino.

Uma vez, tentaram lançar um na Globo e não decolou.  Faz um bom tempo, nem lembro mais o nome do programa.Talvez não fosse engraçado o suficiente, talvez os homens não estejam acostumados a ver mulheres fazendo graça, e até mesmo o preconceito que possa existir da parte deles. Não sei…

Acho que mais recentemente tinha um programa com duas comediantes. Não acompanhava, então não posso dizer sobre ele. Mas o fato é que há poucos programas femininos que não são propriamente “femininos”, ou seja, que saia daquele esquema “mãe, filhos, roupas, mulher moderna, receitas” .

Pois bem, acredito que o Podcast é uma mídia que venceu este barreira, passou por cima de machismos e preconceitos, ou da mesmice dos programas das outras mídias e nos trouxe algo surpreendente: Mulheres falando aos homens, eles a escutando, aprendendo com elas, rindo com elas!

Cito dois exemplos:

Bia Kunze, a Garota Sem Fio:  mulher, dentista, que tem um público cativo e predominantemente masculino, que a escuta para saber novidades na área de tecnologia móvel!

Bárbara Franzin do Café com Velocidade: que fala de F1, um tema predominatemente masculino.  Embora acredite que muitas mulheres gostem, como a própria autora do podcast, é visto como “o universo masculino”.

Se  algum dos ouvintes do sexo masculino no começo sentiu preconceito inicial contra estes casts, porque eram feitos por mulheres, isso logo passou. Eles se tornaram fãs e ouvintes fiéis.

Isso também aconteceu com o Monacast. Quantos emails e comentários recebemos de homens falando que no início achavam que o cast não os interessaria, por ser feito por mulheres, mães e por isso seria um podcast “mulherzinha”? No entanto, eles mesmos falaram como mudaram de idéia e passaram a nos escutar e a se divertir com os episódios.

Eu fico maravilhada em ver que isso acontece com esta mídia. No entanto, algumas agências e mesmo muitas pessoas ainda não conseguem visualizar que um podcast feito por mulheres pode ter um público masculino, e este ser fiel.

Ainda tudo é quadradinho, em que um programa feminino deve falar de perfumes, roupas, filhos, e por aí vai. “Mulheres falem para as mulheres, Homens falem para os homens.” Não que seja contra isso tudo. Mas sinto que muitas vezes falta um pouco de inovação e criatividade nas agências, nas mídias, etc.

De qualquer jeito, ver podcasts feito por mulheres – que não tem como tema sexo – fazendo sucesso com os homens mostra como esta mídia venceu barreiras e saiu dos “quadradinhos” da nossa vida.

Beijos,
Mafalda





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