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Um tapinha dói ou não dói?



Por Phoebe - 27 de abril de 2009. Categorias: Cantinho das Monas, Mona em Família.

Quem nunca levou uma chinelada? Na minha infância, eu era praticamente íntima dos chinelos da minha mãe. Tão íntima que – lembro-me como se fosse hoje – morri de vergonha ao devolver para a escola um questionário elaborado pela coordenadora, onde minha mãe fez o favor de responder que a “psicologia utilizada pelos pais na criação dos filhos” era a “psicologia da chinelada”. Juro que ela escreveu isso!

Como cresci e me tornei uma pessoa perfeitamente normal, sempre julguei que as chineladas eram mesmo a melhor forma de se educar um filho. Meu marido chegava a ter arrepios quando eu afirmava, ainda solteira, que nossos filhos seriam clientes da tal “psicologia da chinelada”.

Só que os filhos nascem e, pais da geração cibernética que somos, acabamos tendo acesso a todo tipo de informação sobre como educar bem nossas crianças, e então descobrimos que a nova tendência mundial é a máxima “palmada não educa, machuca”. E haja confusão nos fóruns da internet, com uma corrente de mães dizendo que bater nos filhos é crime, enquanto a outra corrente afirma que “só um tapinha não dói, um tapinha não dói, um tapinhaaa”.

Pelo sim, pelo não, optei por educar meus filhos à base de muito diálogo e muito jogo de cintura, aplicando um tipo de “sistema de recompensas” que, ao menos por enquanto, tem dado certo (cada malcriação gera uma punição, enquanto cada comportamento positivo gera uma reação positiva nossa).

Mas conheço vários pais que ainda aplicam a tal “psicologia da chinelada” e não me sinto no direito de julgá-los por isso. Condeno apenas os exageros que vejo nas ruas, com pais castigando fisicamente seus filhos por qualquer motivo, como um pai que, no mercado, deu um tapa no seu filho bebê só porque o menino pisou na caixa de pizza que ele havia colocado no carrinho. Ora, se não quer que o filho pise nas compras, então não o coloque em pé dentro do carrinho, não é verdade?

E aí? Na sua opinião, um tapinha dói ou não dói?

Beijos da Phoebe!

Veja também:

11 Comentários to Um tapinha dói ou não dói?

  1. Debora Martins

    Eu fui cliente da “psicologia da chinelada”, sou normal, meu irmão também é. Não tenho filhos, não sei como serei, acho difícil julgar agora. Agora sei que é errado, pai que não coloca limite e quer castigar as crianças na rua, a criança nem entende o que está acontecendo quando leva uma bronca exagerada ou mesmo um tapa. E pior que isso são pais que são violentos com as crianças, pra mim isso não faz sentido nenhum.

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  2. Ronald Luis Rodrigues do Nascimento

    Também fui “bem” criado graças as chineladas da minha mãe, e apesar de nunca ter sido tão danado, acho que fiz por merecer cada uma delas.

    Chinelada de pais que amam os filhos não dói, dolorido pra mim é ver esta nova geração dos pais cibernéticos como vc citou Phoebe, vendo os filhos aprontarem e passarem a mão na cabecinha deles…

    Solteiro eu também falo que educarei a base das chineladas, mas qdo os filhotes vierem ao mundo talvez usarei o jogo das recompensas x punições…

    Um abraço.

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  3. Daniel "Samurai"

    Olha na minha opinião o castigo físico, claro que sem exageiros, não é o fator principal que leva uma pessoa a ter qualquer desvio de caráter ou mesmo moral, e nem será o que levará a pessoa a ser alguem melhor, há casos em que fará efeito, talvez pela coersão ou mesmo pelo condicionamento através da dor, mas não acho que faria com que a criança entendesse o que ela fez de errado e principalmente o porquê de esta ação ser considerada errada… mas concordo também que algumas crinaças são incapazes de prestar atenção se não tiver um motivo para tal, então algumas palmadas poderiam ser até um modo de obter a devida atenção. Mas o que eu acho de fato errado na postura dos “pais” é a conivência em demasia. Pais não são amigos, eles são PAIS eles tem deveres quanto a formação dessa pessoa, pra que ela possa sobreviver nesse nosso mundo… não estou dizendo que não se deva ser amigos dos filhos, mas ser amigo dos filhos não significa que deva-se permití-los fazer algo errado para não perder essa “via” que eles têm com os filhos ou ainda protegê-los de tudo para que nada afete a felicidade deles. Deve-se educar, ensinar… e acho que o melhor modo de fazê-lo é através de conversas, e acima de tudo mostrar-se disposto a fazê-lo, e isso deve ser feito desde pequeno, se você nunca teve tempo pra brincar com seus filhos enquanto eram bem pequenos como espera que depois de adolescente venham a confiar em você, francamente não vejo como. Mas é claro isso é somente a minha opnião, ainda não tenho filhos e apesar de ter recebidos algumas palmadas não me tornei nenhum sociopata e o que mais me esinou não foram as palmadas mas as conversas depois delas.
    []‘s

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  4. Viviane Pereira

    Parabéns pelo post Phoebe!

    Eu também fui criada na ‘Psicologia da Chinelada’ e sim um tapinha dói e muito. Principalmente quando ele vem por qualquer coisa.

    Tenho 02 filhos uma menina de 13 anos e um menino de 5 anos e creio que o diálogo e o respeito é a base do relacionamento entre pais e filhos. Esses dias entrei em conflito com meu mardio que disse que quando ele era pequeno só de o pai dele olhar pra ele já tinha medo. Respeito vinculado a medo não é respeito, e a partir do momento que a criança não tem mais medo não tem mais ‘respeito’ também.

    Creio que a forma de Educação ‘Autoritativa’ é a mais certa nos dias de hoje. Diálogo, regras, interação entre pais e filhos. E muita paciência!

    Abraços!

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  5. Helena Sousa - Brasília

    Oi Phoebe,
    o que eu sei, é que é muito difícil educar filhos hoje em dia.
    Os meus tem 13 e 11 anos, e a quantidade de informações que chega a eles é 100 vezes mais do que no meu tempo.
    Se vc fala que isso não pode, ele pergunta ppq ele não pode, se o amigo pode, ou eu sei lá quem faz. Muito diálogo, com certeza, “pulso firme” para não nos deixarmos levar por aquelas carinhas de “pidão” ou de arrependidos. Qto ao tapinha, qtos homens e mulheres de mais de 40, 50 e 60 anos, são pessoas exemplares no país e no mundo? Muitos desses com certeza levaram suas chineladas, tempos antigos eram assim. Eu ainda peguei professor que descia a régua nos alunos. ( Tá certo que isso já é exagero ).
    Se educar filho fosse tarefa fácil, nós mães nunca ficaríamos de cabelo branco.

    É um aprendizado, todos os dias.

    Beijos

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  6. Kaoane

    eu levava chineladas na infância, mas só comecei a aprender mesmo quando meus pais aprenderam a conversar através do diálogo! as surras foram, com certeza, uma perca de tempo na minha vida!! dá raiva, sempre q me lembro disso!! isso pra mim é agressão, violencia, e NADA nem NINGUÉM me fará mudar de idéia! e tambem não faz sentido nenhum! o q ensina mesmo é o diálogo! só vou bater em alguém se essa pessoa me bater primeiro(não sou de violencia, mas tbm não sou de levar desaforo pra casa)

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  7. Carmem

    é claro q dói!! essa história de q bater é educar, não faz o menor sentido!! é a coisa mais porre do mundo!! prefiro os tempos modernos!! se eu vejo algum tipo de violencia assim, eu não me controlo: já vou gritando, falando palavrões, etc

    [Responder]

  8. Carmem

    o q educa é o diálogo

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  9. Teresinha Nolasco

    Olá Phoebe, como vai?

    Só de ver você falando sobre o bebê que apanhou por pisar na caixa de pizza, eu fico revoltada. Vejo coisas assim pelas ruas e só não falo porque não conheço a pessoa. Posso causar constrangimento ou confusão. Ou mesmo receber de volta: você não tem nada com isso!

    Mas fico indignada, triste e revoltada com situações assim… Isso sim é uma tremenda falta de psicologia. Já falei duas vezes sobre isso no meu blog. Não querendo falar sobre o assunto, mas relatando o que vejo nas ruas e que me dói o coração..

    Sò penso que pais que dão um tapinha, não podem reclamar se o filho aprender a mesma coisa com o colega, o avô, o cachorro ou os proprios pais. Poxa,se aprendeu que bater é “certo” , que “corrige”, que “resolve” certas coisas, pq ele irá fazer diferente. Somos exemplos afinal.

    Meu pai apanhou muito quando criança. Saiu de casa aos 18 anos pq não aguentava mais apanhar. Em nós ele não bateu.
    Hoje tenho uma filha. E arrastaria um arrependimento o resto da vida se levantasse a mão um dia pra ela…

    Ou seja, tanto faz surra ou um tapinha para “corrigir”. Em qualquer situação, é a mão das pessoas que os filhos mais amam que se levantam contra ele… Dói de pensar..

    Se tiver um tempinho e quiser ler meus posts sobre isso, será um prazer.. Beijos grandes e foi um prazer vir aqui..

    Um tapinha dói sim!
    http://www.bolhinhasdesabaoparamaria.com.br/2013/11/um-tapinha-doi-sim.html

    Medo ou respeito
    http://www.bolhinhasdesabaoparamaria.com.br/2012/12/medo-ou-respeito.html

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  10. Teresinha Nolasco

    corrigindo: * Sò penso que pais que dão um tapinha, não podem reclamar se o filho aprender a mesma coisa E FIZER com o colega, o avô, o cachorro ou os proprios pais.

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  11. Karinny

    Dói, e dói muito. Eu jamais esqueci das vezes em que minha mãe me bateu, várias vezes em que ela poderia ter conversado, e nunca a perdoei. E vocês mães podem me dizer o quanto quiserem que eu estou sendo injusta, até mesmo egoísta, mas o fato é que se não se tem compostura para educar os filhos, melhor não tê-los.

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