Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Educação canina parte 2


Autor: Rachel Barbosa ~ 14 de março de 2010. Categorias: animais.

educação canina

Na primeira parte deste post falei sobre aproveitar as “programações” que a Natureza coloca nos filhotes, lembram? Nessa segunda parte vou falar sobre como utilizar essa “programação” para ensinar o bichinho a fazer as necessidades no lugar certo.

Tá certo que ensinar o lugar do xixi não é muito fácil com alguns filhotes. O Galileu, um poodle, segunda raça na escala de inteligência canina, aprendeu em apenas 4 dias. Ele chegou aqui em casa no primeiro dia de um feriadão prolongado e no último dia já sabia onde era o “banheiro”. Já o Bruno, meu primeiro schnauzer, levou meses pra aprender! A Ge, minha segunda schnauzer, aqui em casa desde janeiro, está aprendendo mais rápido que ele, mas bem mais lenta do que eu gostaria. Todos os dias quando chegamos em casa, eu e meu marido temos que limpar a cozinha toda!

Voltando a falar das “programações”, a Natureza colocou três básicas nos filhotes de cães, em relação às necessidades.

Eles não fazem xixi e cocô perto da comida e da água. Na vida selvagem, os canídeos não fazem as sujeiras perto do alimento para que não ocorra contaminação. Na vida doméstica, a comida e a água estão em potes plásticos que não serão contaminados por um xixi no chão, mas eles preservam o comportamento. Aí ocorre o primeiro erro básico dos donos inexperientes. Eles preparam o “cantinho” do peludo, na área de serviço, colocando os potinhos de comida e água, e bem ao lado o jornal ou tapete higiênico. Depois não entendem porque o bichinho se recusa a usar o tapete. Se o “banheirinho” for na área de serviço, os potinhos devem ficar afastados, na cozinha ou em outro lugar distante.

Canídeos não fazem as necessidades em lugares que já estiverem muito sujos. O dono coloca o jornal no chão, o cãozinho vai lá e faz um xixi que deixa o papel encharcado, além de escorrer para o chão. Aí o dono espera que o peludo volte lá e faça outro xixi em cima daquele jornal hiper molhado. Você gosta de encontrar os restos de quem esteve antes de você no vaso sanitário? Não, né? Então porque seu cão tem que fazer xixi num jornal molhado? Por isso o tapete higiênico é muito mais eficiente do que o jornal. Trata-se de um pedaço de plástico quadrado ou retangular, forrado com o mesmo material da fralda descartável. O material absorvente retém a urina e o plástico não permite que ela vaze para o chão. Assim o tapete pode ser usado muito mais vezes do que uma folha de jornal, sem que o bichinho tenha a sensação de que seu “banheiro” está sujo. Claro que os resíduos sólidos precisam ser removidos pelo dono.

Finalmente, nos filhotes assim que a comida entra, os resíduos têm que sair. Pouco depois que o cãozinho se alimenta, ele tem vontade de “usar o banheiro”. Aproveite essa programação para ensiná-lo onde é o “banheiro”. Logo depois de cada refeição, leve-o ao tapete higiênico ou jornal e mantenha-o lá até que faça o número 1 ou o número 2. Quando fizer, elogie animadamente e dê uma recompensa, que pode ser um petisco ou um brinquedo.

E se apesar dos esforços do dono, o filhote errar o lugar?

Aquela história de esfregar o focinho não está com nada, é bobagem. O especialista Alexandre Rossi recomenda que não se dê bronca no bichinho, a não ser que o dono o surpreenda bem no meio do ato. Limpe o local sujo sem que o peludo veja. Utilize um produto capaz de remover completamente o odor do local, para que o cheiro não estimule o filhote a repetir a conduta.

No mais, seja persistente, não desanime, mesmo que seu bebê demore a mostrar resultados!

Rachel Barbosa
http://caoamado.com.br


Bebê em casa


Autor: Rachel Barbosa ~ 11 de janeiro de 2010. Categorias: animais.

Não estava planejando um bebê agora, mas aconteceu.

Peguei vocês! Não estou grávida. Falo de um bebê schnauzer de 2 meses de idade.

Meu marido trouxe da viagem de férias uma filhote de schnauzer para dar de presente a um amigo que dizia querer um. Quando soube que ganharia, achou que não era o momento certo e recusou o presente. Meu marido relutou em ficar com ela porque já temos 3 animais em casa, mas acabou se apaixonando por aquelas barbichas espetadas.


minha barbuda é a da esquerda

Certamente vocês estão curiosos para saber o nome. Isso é um capítulo à parte. Como a cadela é do meu marido, ele escolheu. Por enquanto a pequena se chama Geometria. Ele é professor de matemática e, mesmo com todo mundo dizendo que isso não é nome, ele diz que assim ela se chamará. Se ele não mudar de idéia até domingo, na segunda-feira o criador irá registrar a bichinha com esse nome mesmo do kennel clube. Claro que se ficar Geometria, irei chamá-la de Ge.

Fato é que desde sábado à noite, quando chegamos de viagem com a nossa caçula, estou revivendo a experiência de ter um filhote em casa. Confesso que tinha esquecido da parte ruim, afinal meu último filhote já está com 4 anos de idade. No sábado foram duas horas de viagem de carro de Imbé até Porto Alegre, depois mais 2 horas de avião de volta ao Rio. Cheguei em casa hiper cansada, mas ainda precisei acomodar a filhota, improvisar jantar pra ela, me preocupar se iria fazer xixi e cocô pois já estava há horas sem fazer, e lidar com a crise de ciúmes do Bruno, o schnauzer mais velho. Depois disso tudo, ainda enfrentei uma noite mal dormida com a pequena chorando. Ela pertence ao meu marido, mas claro que o sono dele não foi nem um pouco perturbado pelo choro, embora ela estivesse bem ao lado dele. Pela manhã eu tinha uma tonelada de roupa suja pra lavar e improvisei um cercadinho pra bebê na cozinha. Mesmo perto de mim, a barbuda chorou, gritou, latiu, fez pirraça jogando a ração no chão. Ela queria liberdade, mas não poderia deixá-la solta correndo o risco de levar uns catiripapos do enciumado Bruno. Mais tarde no mesmo dia, isso realmente aconteceu, mas ela não se machucou e ele foi devidamente repreendido. O cocô só veio à noite, quando eu já estava pensando em ligar para o veterinário para pedir remédio para prisão de ventre. Tudo isso me deu um certo desespero, mas não me deixei abater. Afinal, não sou “marinheira de primeira viagem”.

Na segunda-feira eu já tinha a situação sob controle. Havia comprado ração de filhote e Bruno já estava mais tolerante, pois iniciei um trabalho de associação positiva para ele aceitar a barbuda. Hoje sei muito mais sobre cachorro do que sabia quando Galileu e Bruno eram bebês, por isso estou evitando cometer os mesmos erros. A pequena também está ajudando bastante. Já não faz mais as necessidades dentro da caixa de transporte em que dorme e na última noite troquei o tapete higiênico por uma manta de flanela. Pela manhã coloco a bichinha sobre o tapete higiênico dos cães maiores e ela já está fazendo xixi sobre ele. Uma hora tive que rir sozinha ao vê-la passar pelo tapete e depois voltar correndo quando deu vontade de fazer o “número 2”.

Passei meus últimos dias de férias limpando xixis do chão, mas não me aborreci porque sei que isso vai acabar logo. A infância de um bebê canino passa rápido demais. Como agora tenho consciência disso, não quero perder nada!

Rachel Barbosa

http://rachelbarbosa.com.br





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