Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Bebê em casa


Autor: Rachel Barbosa ~ 11 de janeiro de 2010. Categorias: animais.

Não estava planejando um bebê agora, mas aconteceu.

Peguei vocês! Não estou grávida. Falo de um bebê schnauzer de 2 meses de idade.

Meu marido trouxe da viagem de férias uma filhote de schnauzer para dar de presente a um amigo que dizia querer um. Quando soube que ganharia, achou que não era o momento certo e recusou o presente. Meu marido relutou em ficar com ela porque já temos 3 animais em casa, mas acabou se apaixonando por aquelas barbichas espetadas.


minha barbuda é a da esquerda

Certamente vocês estão curiosos para saber o nome. Isso é um capítulo à parte. Como a cadela é do meu marido, ele escolheu. Por enquanto a pequena se chama Geometria. Ele é professor de matemática e, mesmo com todo mundo dizendo que isso não é nome, ele diz que assim ela se chamará. Se ele não mudar de idéia até domingo, na segunda-feira o criador irá registrar a bichinha com esse nome mesmo do kennel clube. Claro que se ficar Geometria, irei chamá-la de Ge.

Fato é que desde sábado à noite, quando chegamos de viagem com a nossa caçula, estou revivendo a experiência de ter um filhote em casa. Confesso que tinha esquecido da parte ruim, afinal meu último filhote já está com 4 anos de idade. No sábado foram duas horas de viagem de carro de Imbé até Porto Alegre, depois mais 2 horas de avião de volta ao Rio. Cheguei em casa hiper cansada, mas ainda precisei acomodar a filhota, improvisar jantar pra ela, me preocupar se iria fazer xixi e cocô pois já estava há horas sem fazer, e lidar com a crise de ciúmes do Bruno, o schnauzer mais velho. Depois disso tudo, ainda enfrentei uma noite mal dormida com a pequena chorando. Ela pertence ao meu marido, mas claro que o sono dele não foi nem um pouco perturbado pelo choro, embora ela estivesse bem ao lado dele. Pela manhã eu tinha uma tonelada de roupa suja pra lavar e improvisei um cercadinho pra bebê na cozinha. Mesmo perto de mim, a barbuda chorou, gritou, latiu, fez pirraça jogando a ração no chão. Ela queria liberdade, mas não poderia deixá-la solta correndo o risco de levar uns catiripapos do enciumado Bruno. Mais tarde no mesmo dia, isso realmente aconteceu, mas ela não se machucou e ele foi devidamente repreendido. O cocô só veio à noite, quando eu já estava pensando em ligar para o veterinário para pedir remédio para prisão de ventre. Tudo isso me deu um certo desespero, mas não me deixei abater. Afinal, não sou “marinheira de primeira viagem”.

Na segunda-feira eu já tinha a situação sob controle. Havia comprado ração de filhote e Bruno já estava mais tolerante, pois iniciei um trabalho de associação positiva para ele aceitar a barbuda. Hoje sei muito mais sobre cachorro do que sabia quando Galileu e Bruno eram bebês, por isso estou evitando cometer os mesmos erros. A pequena também está ajudando bastante. Já não faz mais as necessidades dentro da caixa de transporte em que dorme e na última noite troquei o tapete higiênico por uma manta de flanela. Pela manhã coloco a bichinha sobre o tapete higiênico dos cães maiores e ela já está fazendo xixi sobre ele. Uma hora tive que rir sozinha ao vê-la passar pelo tapete e depois voltar correndo quando deu vontade de fazer o “número 2”.

Passei meus últimos dias de férias limpando xixis do chão, mas não me aborreci porque sei que isso vai acabar logo. A infância de um bebê canino passa rápido demais. Como agora tenho consciência disso, não quero perder nada!

Rachel Barbosa

http://rachelbarbosa.com.br





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