Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Problema sem solução? Chame Os Simuladores!


Autor: Mafalda ~ 21 de setembro de 2010. Categorias: Sofá da Mona.

Criação argentina, o seriado Os Simuladores teve duas temporadas produzidas por lá de 2002 a 2003. Depois, ganhou versões no Chile, na Espanha e no México. É a versão mexicana que é distribuída para toda América Latina, incluindo o Brasil (para nossa sorte). Então, aqui, podemos assistir pelo canal da Sony (cabo).
O argumento é simples: um grupo de quatro homens que usam todo o tipo de meios e contatos para resolver situações que, por meios convencionais, talvez não se resolvessem adequadamente ou em um prazo de tempo aceitável. Assim, os “simuladores” compõem uma espécie de agência. Basicamente, eles resolvem sua vida. E não há causa maior ou menor. Vale tudo: criança com problema escolar, mulher traída, dívida com agiota violento, espionagem empresarial… Uma característica chama atenção: os simuladores trabalham apenas para o lado que consideram ser “do bem”. Não é apenas uma questão de dinheiro, embora eles custem caro aos clientes. É preciso que eles aceitem o caso.


Vargas, Medina, Santos e López: eles solucionam qualquer problema e ainda são um charme!

Uma vez aceito o caso de um cliente, tudo pode acontecer. O cliente deve cooperar totalmente sem questionar. Relações, família, negócios, podres… tudo e todos podem ser envolvidos na solução da situação. Embora a ação principal dependa sempre dos quatro simuladores, inúmeras outras pessoas podem colaborar. Sempre há um colaborador que trabalha num hotel, um médico, um mecânico, uma faxineira… Ao longo dos episódios, algumas vezes percebemos que o colaborador foi um antigo cliente que, sem muita grana, foi auxiliado em troca de serviços futuros. E assim, eles contam com uma rede imensa e complexa de contatos que viabilizam suas ações.
Outro aspecto marcante é que eles armam uma situação para resolver a atual. Simula-se tudo: doenças, mortes, atentados, consulta médica, relações amorosas… Daí o nome da série. Cria-se uma espécie de realidade alternativa que conduza à resolução do problema na realidade verdadeira.
O quarteto de protagonistas é excelente. A equipe é composta pelas seguintes personagens: Mario Santos (Tony Dalton), o líder que traça os planos; Emilio Vargas (Arath de La Torre), um tipo de ator versátil, que interpreta diferentes personagens durante as operações; Pablo López (Alejandro Calva), homem de suposta formação militar/policial, encarregado da parte técnica da operação e Gabriel Medina (Rúben Zamora), o investigador, que levanta e reúne os dados necessários para que Santos trace a estratégia usada em cada caso. A química entre os quatro atores é perfeita e as pitadas de humor irônico/sarcástico aparecem na dose certa.


Todo episódio termina assim: os quatro caminhando na chuva de costas, saltando e batendo os pés.

Filmes e seriados em língua latina são raros na atual grade de programação de nossa TV a cabo. Em parte, essa pouca oferta se deve ao fato de haver certa resistência da audiência. Acostumados que fomos a seriados apenas na língua inglesa (até mesmo por falta de opção), é preciso vencer esse hábito e dar algum crédito para experimentar outras referências (culturais, estéticas, de humor). Todos para quem indiquei Os simuladores, de início torceram o nariz quando mencionei ser uma série mexicana. Compreensível. A associação com novelas toscas é direta e inevitável. Mas a produção televisiva latina é mais que isso e Os Simuladores podem convencer até os mais resistentes (E se você, como eu, já curte a língua espanhola, mas pensa que só existem Antônio Banderas e Javier Bardem, vai se derreter ao ouvir o idioma de Cervantes na voz grave e sedutora de Tony Dalton… prepare seus sais!).


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