Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Ponto Gê: Quem canta male espanta


Autor: Eubalena ~ 12 de maio de 2009. Categorias: Ponto Gê.

Sou cantora de chuveiro.

E é lá, onde sou uma cantora de sucesso. Eu e milhares de pessoas. Não milhares de pessoas que frequentam o meu banheiro. Digo, as milhares de pessoas que cantam no chuveiro. Dessas pessoas, metade canta realmente muito bem. A outra metade só serve para cantar no chuveiro mesmo.

Dessa última alternativa, na qual me enquadro, metade sabe que canta mal e a outra metade pensa que canta bem. São essas pessoas que não conseguem perceber a diferença entre cantar e cantar bem, que procuram os programas de televisão para serem famosos. Claro, que estou descontando aqueles que cantam bem e sabem disso.

Eu não canto porcaria nenhuma, mas graças aos céus, sei disso. Mas no chuveiro me solto. Meu repertório é eclético, vai de POP, passando pelo sertanejo universitário e chegando em MPB. Até Edson Cordeiro já passou pelas paredes do banheiro lá de casa. Falando nele, será que ele ainda vive? Bem, tanto faz.

Minha primeira experiência com a música foi ainda na escola, quando era obrigada a participar do coral que cantava na missa , garantindo assim pontos na média. Já mencionei aqui que estudei em colégio de freira boa parte da minha vida. Então, naquela época quando não eram os shows de calouros na televisão, a outra competição musical que eu presenciava era a disputa para ficar mais perto do microfone no dia da missa. Na bancada dos jurados estavam as três irmãs da congregação. Entre os participantes, os filhos ou netos daqueles que faziam freqüentes doações ao colégio. Doações essas, que construíram a capela. Bom, sendo assim, vocês já devem saber quais crianças ficavam atrás e quais formavam a fileira da frente. Por sorte eu cantava mal e sabia disso.

Nasci tanto sem o dom da voz de mel, que para vocês terem uma noção, eu não tenho coordenação nenhuma para cantar e bater palmas ao mesmo tempo. Um sinal divino a meu ver. Tirando ‘parabéns pra você’, que não precisa de palmas ritmadas, o resto é movimento zero. É como bater na cabeça e esfregar em círculos a barriga ao mesmo tempo, não dá.

Além do coral, tive alguns outros momentos de ‘grande sucesso’ proporcionados pela música. Depois de alguns copos de coca-cola, misturados com doses de substâncias licitas, mas que não convém, já subi no palco e cantei. Tem um vídeo gravado com as imagens. Claro que vocês não poderão ver.

Olha, sinceramente, depois que vi algumas pérolas do programa de maior audiência americana: American Idol. Se eu não tivesse noção do ridículo, até pensaria em me candidatar a uma vaga. Quem sabe em uma daquelas versões brasileiras: Ídolos ou Astros. Acho que muitos dos sem noção que participam pensam assim: Bom, o latino não tem noção nenhuma e faz sucesso, não é não?!

Beijos





Busca

© 2007-2024 Monalisa de Pijamas - Todos os direitos reservados. Contato: mafalda [arroba] monalisadepijamas.com.br