Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Geometria e o bebê


Autor: Rachel Barbosa ~ 24 de abril de 2010. Categorias: animais.

crianças e cachorros
Foto: Marcelo Bassi

Um problema relativamente comum entre cães é estranhar crianças. Muitos donos repetem com frequência a frase: “meu cachorro não gosta de criança”.

O que acontece é que cães e humanos não costumam gostar daquilo que não conhecem. Se os pais não acostumam o filho aos animais, ele terá medo. Se o dono não promove o convívio com crianças, a tendência é que o cachorro estranhe aqueles agitados humanos em miniatura.

Galileu e Bruno aprenderam a conviver com crianças graças aos meus sobrinhos, que eram mais novos quando os dogs eram filhotes. Agora é a vez da Ge, mas meus sobrinhos já são adolescentes. Por sorte, hoje a Ge teve uma experiência muito positiva com um pequeno.

Estávamos passando o feriadão em Penedo e fomos passear na Aldeia do Papai Noel. Trata-se de um pequeno shopping a céu aberto, com várias casinhas parecendo de boneca, nas quais funcionam as lojas. Meu marido estava comprando alguma coisa em uma casinha e eu fiquei esperando com os cães na porta. Um pai se aproximou com o filho no carrinho, um menino com um pouco mais de um ano de idade. Normalmente os pais com crianças dessa idade passam bem longe, no máximo dizem “olha o au au” a uma distância segura. Compreendo que por receio de que um ataque ocorra, os pais adotem esse tipo de postura. Mas esse pai fez uma coisa que me surpreendeu positivamente. Escolheu o menor cão, a Ge, e chamou a atenção do filho para o cachorrinho (não para o “au au”). Manteve o carrinho um pouco afastado e se aproximou, dando a ela a chance de se aproximar também e cheirar (é através do olfato que os cães conhecem o mundo). A Ge reagiu do modo esperado: se interessou e cheirou a perna do pai, sem latir ou mostrar qualquer sinal de agressividade. Então testou a reação dela ao toque, fazendo um carinho de leve na cabeça, com o que ela não se importou. Em razão das reações positivas, o pai chegou mais perto do carrinho, atraindo a Ge. Com ela perto, incentivou o garotinho a oferecer a mão para cheirar. O pequeno estendeu a mãozinha, Ge naturalmente se interessou pelo dedinho estendido e cheirou. O menino adorou! Mais uma vez em razão da reação positiva da Ge, o pai incentivou o filho a fazer carinho. Ele estendeu a mão de novo, a Ge deu uma lambidinha e se afastou. O menino ficou rindo e o pai falou: “ganhou uma lambida”. Vendo que a Ge havia perdido o interesse, o pai continuou sua caminhada, empurrando o carrinho.

Aquele sábio pai ofereceu uma experiência nova e positiva ao filho e à Ge. Mostrou aos dois que devem ter respeito mútuo, suavidade e calma. Mostrou à Ge que aquele humano em miniatura não tem nada demais, e ao garotinho, que aquela coisinha peluda não é nenhum “bicho de sete cabeças”. Tudo isso com total segurança!

Fica aí o exemplo para pais e donos de cachorros.

Rachel Barbosa
http://caoamado.com.br





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