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Mona Pop: Elis Regina


Autor: Eubalena ~ 5 de maio de 2009. Categorias: Mona POP.

Elis Regina Carvalho Costa nasceu em Porto Alegre-RS em 17 de março de 1945 e foi uma das estrelas que continuam brilhando na música popular brasileira, mesmo depois de sua morte aos 36 anos.

Aos onze anos, ela começou a cantar no programa Clube do Guri, na Rádio Farroupilha e com 16 anos já estava gravando seu primeiro LP, Viva a Brotolândia.

Com 19 anos, assinou um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala, e com 22 casou com seu parceiro musical Ronaldo Bôscoli e teve seu primeiro filho, João Marcelo Bôscoli, hoje produtor musical.

A partir daí a chamada Pimentinha só cresceu dentro do Fino da Bossa Nova, como definia seu estilo musical. Um de seus discos, Dois na Bossa, foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias.

Participou dos Festivais de Música Popular Brasileira da TV Record entre a década de 60 até a década de 80, onde conheceu Chico Buarque (mas não chegou a gravar nenhuma de suas composições por este ser muito tímido).

A interpretação de Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes) num dos Festivais, logo depois de Elis ter completado 20 anos, é considerada a inauguração do estilo MPB. Pela interpretação, ganhou o Prêmio Berimbau de Ouro. Em seguida, veio o Troféu Roquette Pinto, com que foi consagrada a Melhor Cantora do Ano.

Em 1966, gravou o LP Viva o Festival da Música Popular Brasileira durante o Festival, lançou o selo Artistas e registrou assim o primeiro disco independente produzido no Brasil.

Em 1967, com a canção O Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta), ela ganhou o prêmio de Melhor Intérprete do Festival.

Participou também do especial Mulher 80 da Rede Globo, que exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e seu papel na sociedade de então, principalmente no contexto da música nacional, com muitas vozes femininas marcantes da época (Rita Lee, Maria Bethânia, Gal Costa, entre outras). Neste vídeo em que ela é entrevistada por Marília Gabriela, fala do pensamento ecológico que já tinha naquela época.

Com as canções que interpretava, ela criticava a ditadura durante o período em que muitos músicos foram perseguidos e exilados. Teve voz ativa na campanha pela Anistia dos exilados brasileiros, interpretando a canção-hino do movimento, O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc). Lutou por muitas causas musicais e políticas, e foi presidente da Associação de Intérpretes e Músicos.

Em 1973, casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve dois filhos, hoje cantores (Pedro Camargo Mariano em 1975 e Maria Rita em 1977).

Além de tudo isso, também foi ela quem lançou muitos compositores até então desconhecidos, como Milton Nascimento (Maria, Maria), Renato Teixeira (Romaria), Gilberto Gil (Se eu Quiser Falar com Deus), entre outros.

Suas interpretações entregando-se às músicas como se a letra retratasse sua vida, como se fosse a última vez que fosse cantar, sua voz potente e seu timbre aveludado são até hoje referências para muitas cantoras da música popular brasileira.

Luana Lied Zapata






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