Porque fazer humor e podcast é uma arte

































Natal animal


Autor: Rachel Barbosa ~ 21 de dezembro de 2009. Categorias: animais.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Natal e animais não são coisas incompatíveis. Os meus bichos adoram, porque para eles significa diversão o mês todo.

Isso começou aqui em casa há tempos, quando Annita era filhote. Eu era solteira e morava com minha avó. Nós tínhamos uma pequena árvore de Natal, que ficava sobre o console da sala. Na época as bolinhas ainda eram daquele vidro fino e muito brilhante. Quando a gata viu uma bola de Natal pela primeira vez, ficou maravilhada com aquela coisinha cintilante balançando. Ela passava o mês de dezembro subindo no console para arrancar bolinhas da árvore. Tirava uma e jogava futebol com ela pela sala até quebrar. Aí subia, tirava outra e começava tudo de novo!

Fiquei aliviada quando surgiram no mercado uma bolas de isopor revestidas com um fio encerado. Achei que meus problemas com bolas de Natal haviam terminado, já que elas não quebrariam, mas estava enganada. A gata continuou tirando as bolas, só que passou a estragá-las desfiando. O fio que revestia o isopor se prendia nas unhas e a bola desfiava toda.

Depois que casei e mudei, resolvi matar a vontade de ter um pinheirinho enorme. Comprei um com 2 metros de altura! Decorei com capricho, enfeites e lâmpadas, e fiquei toda orgulhosa da minha obra. Dias depois a árvore caiu. Defeito de fabricação? Pendurei coisas demais? Não. Annita escalou a árvore, que tombou com o peso da gata! Comprei sacos de terra para colocar sobre os pés para mantê-la firme e coloquei uma saia de árvore por cima para esconder. A bichana não derrubou mais o pinheirinho, mas descobriu que mordiscar as lâmpadas que ficavam na parte baixa era muito gostoso. Vai entender!

Aí chegou o Galileu. No primeiro Natal ele tinha apenas 5 meses e pesava uns 2kg. Dias depois de armar o pinheirinho de 2 metros de altura, entro na sala e encontro aquela bolinha de pelos mordendo a saia da árvore e arrastando pela sala aquela coisa muito maior e mais pesada que ele. Cachorro doido! Como a árvore ficava num canto, consegui deixá-la a salvo instalando um portãozinho pra cachorro.

No Natal seguinte havia o Bruno. Esse nunca ligou para o pinheirinho, mas destruir as embalagens dos presentes colocados sob a árvore era uma das diversões favoritas dele.

Hoje eles deixaram de ser filhotes e se tornaram menos destrutivos e mais comportados, por isso posso montar o pinheirinho sem ter que protege-lo com o portãozinho, mas ainda assim, às vezes flagro Bruno mordiscando uma embalagem de presente. Annita, mesmo já sendo uma gata idosa, volta a ser criança no dia em que tiro do armário as caixas com a decoração de Natal. Entra e sai das caixas vazias como se fossem brinquedos. Os cães ficam por perto durante toda a montagem e se eu der mole com os enfeites, pegam alguns pra brincar.

A noite de Natal também é uma festa pra eles. Só não participam da ceia, mas ficam com a gente durante todo o tempo e ganham presentes. O mais engraçado é ver a expectativa que ficam, aguardando que alguém pegue um embrulho sob a árvore e anuncie que é para Galileu ou Bruno. Quando um humano está abrindo um presente, ficam interessados, mas não tocam. Quando o presente é deles, saltam ansiosamente no embrulho, parecem crianças! Às vezes os deixamos tentar abrir o papel, às vezes desembrulhamos para eles.

Feliz Natal!

Rachel Barbosa
http://rachelbarbosa.com.br





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